Inspirada na história da família fundadora, aos pés da Cordilheira dos Andes, na Argentina, a vinícola Bodega Costantini nasceu em Porto Amazonas, no Paraná. Com foco e investimentos em vinhedos próprios e um enólogo argentino, está alcançando resultados surpreendentes. No último mês, conquistou duas medalhas de ouro em um importante concurso internacional, o Vinalies 2025, na França, com os tintos Don Costantino e Enigma, apenas um ano após lançar seus primeiros rótulos no mercado.
Estive num jantar de apresentação dos vinhos da Bodega Costantini, num espaço que em breve sediará o bistrô e empório Angaco, da própria vinícola, em Curitiba. Provei a sidra (leve e deliciosa) e os tintos da marca. Estes últimos são vinhos que estão no mesmo patamar que os melhores brasileiros.
Começamos com a sidra, que tão pouca gente sabe fazer bem. Não é o caso da Bodega Costantini, que entrega um ótimo produto. Batizada de Angélica Frack, é a primeira sidra brasileira elaborada pelo método tradicional champenoise. Em seguida, provamos o Angaco Syrah Nouveau, uma surpresa pelo sabor leve, jovem e frutado, fácil de beber. Harmonizamos com tutano grelhado com manteiga de ervas.


Com um blend potente de Syrah, Tannat e Cabernet Sauvignon, o Don Costantino representa a elegância da Bodega Costantini. Amadureceu dois anos em garrafa e tem potencial de guarda de até cinco anos. Um vinho encorpado, que acompanhou perfeitamente tanto o ravióli de costela quando a bisteca fiorentina servida no evento. Esta última também foi o prato principal para harmonizar com o Enigma, um blend de Syrah, Tannat, Cabernet Sauvignon, Malbec e Bonarda. Apresenta taninos macios, médio corpo e acidez equilibrada. Um vinho com muita personalidade.


A vinícola nasceu de uma paixão da família Costantini, compartilhada por gerações. O médico Costantino Roberto Costantini Frack, natural de San Juan, na Argentina, e radicado em Curitiba, sempre manteve viva a memória do sítio do pai em Angaco. Em 1980, iniciou o cultivo de maçãs em Porto Amazonas, e, a partir dos anos 2000, plantou mudas de uvas. Em seguida a família trouxe da Argentina o renomado enólogo Raul Esteban Menegazzo, com a missão de transferir o DNA de Angaco para o Paraná. Hoje, a bodega cultiva uvas Syrah, Malbec, Tannat, Cabernet Sauvignon e Bonarda.
Saiba mais em:
Bodega Costantini
https://www.instagram.com/bodegacostantinibrasil/
- Publicado na coluna Comer e Curtir no jornal Bem Paraná em 02/05/2025
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